Ali entre as mesas onde os florais estavam expostos, por um momento eles se deram as mãos, com um floral do Alaska entre elas. Steve Johnson continuou a conversar com outra pessoa, enquanto a americana Jane Bell sentia irradiar em sua mão, que tocava a dele, a energia viva e poderosa daquele floral. A partir da Segunda Conferência de Essências Florais em 1991 encontros cruciais transformaram muitas vidas, mas poucos foram tão expressivos e radicais como este.
Da teoria à Escola da Natureza: a formação da terapeuta floral Jane Bell
Terapeuta floral ativa desde 1982, tendo cursado inicialmente a formação do Centro Bach, e em seguida a da FES (Flower Essence Society) na Califórnia, Jane Bell veio participar do Segundo Congresso de Essências Florais no Canadá em 1991 junto com sua mãe, que também era amante da natureza e já vinha usando os florais de Bach em sua prática como enfermeira por 3 décadas.
Ao fazer seu primeiro treinamento para se tornar Terapeuta credenciada pelo Bach Center, nunca foi dada a ela a oportunidade de acompanhar o preparo de um floral, nem de estudar diretamente na Natureza. Depois, ao cursar o Practitioner Training da FES, California, ela recebeu grande validação ao ser encorajada a estudar na Natureza, fazendo a conexão direta que era tão familiar à sua alma. Seguiu-se a isso uma vivência de estudos na propriedade rural da Perelandra, que reafirmou essa ligação direta e influenciou seu trabalho futuro.
Conhecer pessoalmente os produtores das essências e seu ambiente
Ao escolher as essências com as quais iria trabalhar, Jane sentia que era fundamental conhecer quem as preparava, escutar suas histórias e experiências e, se possível, visitar o meio ambiente onde as essências são preparadas. Justamente por isso, ela viu essa conferência como uma oportunidade maravilhosa para encontrar pesquisadores, especialmente Steve Johnson e Cynthia Kemp, sobre quem ela tinha ouvido falar. O meio ambiente onde eles preparavam seus florais era singular e ela estava curiosa para saber como isso influenciava as essências que eles preparavam. Além disso, essa seria uma oportunidade de encontros, pois naquela época ainda não aconteciam esses eventos e cada um estava fazendo seu trabalho de forma isolada, sem ter com quem falar.
Em 1991 o reencontro e reconhecimento de sua Família de Alma
Jane conta como aquela primeira noite mudou a sua vida, quando entre platéia e a mesa com vários representantes de países e continentes, nos sentimos como uma família se reencontrando.
No primeiro instante, ao entrar na grande sala, ela reconheceu Steve de imediato e pensou: “Só pode ser este o Steve dos florais do Alaska”: ele usava barba, uma camisa xadrez, e tinha toda a aparência de um homem que se aventura nos locais remotos e selvagens. Mas não era só isso, tratava-se de um reconhecimento de alma, e à medida que ela olhava para cada uma das pessoas presentes na sala, seus olhos se enchiam de lágrimas. Finalmente ela se sentia entre os seus, o coração tocado pela confirmação de que essas eram pessoas que valorizavam as mesmas coisas.
Na palestra inaugural, um prognóstico chocou Jane e inspirou seu compromisso de servir à preservação dos princípios da Terapia Floral
Após o reencontro inicial, ao assistir a palestra inaugural, a americana Jane que tinha sido inspirada pelos ensinamentos do Dr Bach, ficou chocada com o prognóstico de futuro apresentado pelo médico Richard Gerber, autor do livro Vibrational Medicine.
Ele dizia, entusiasmado, que um dia não iríamos precisar mais de terapeutas e nem mesmo de florais, pois nesse brilhante futuro, uma máquina iria detectar as necessidades do cliente, oferecendo a energia vibracional necessária para solucionar o caso de forma automática.
Ao ouvir isso, Jane sentiu que os princípios essenciais de interrelação com as forças da Natureza, e a escuta atenta que enxerga a singularidade de cada ser e resulta no oferecimento de florais escolhidos a partir de profunda consideração, seriam desvirtuados e traídos por tal abordagem. Ela já descrevia o seu trabalho como uma atuação em parceria com a Natureza, e via o contexto terapêutico como uma interação de Alma para Alma.
E foi ali que ela fez um voto que veio a mudar sua vida de maneira radical: “Eu me disponho a ir para onde eu tiver que ir para servir à verdade e à pureza deste caminho”.
Mudança radical sem hesitação
Jane chegou de volta à belíssima casa que tinha acabado de reformar, e ao seu casamento, e contemplou de frente a diferença de valores e propósitos que vinha distanciando os dois cada vez mais.
Como pioneira nos EUA, num tempo no qual a aceitação das terapias sutis ainda era lenta e gradual, Jane já tinha uma prática ativa e bem sucedida como terapeuta floral. Isso se iniciou após um longo período de excesso de trabalho no mundo corporativo, que tinha levado Jane a ter que lidar com sintomas de stress e fadiga crônica. Como sócios, ela e o marido ganharam muito dinheiro e construíram um patrimônio, mas enquanto ela havia se dirigido a uma conexão cada vez maior com a natureza e a transformação interior, os interesses dele se mantiveram focados em sua ambição no mundo material. Além disso, ele queria filhos e ela havia descoberto que não poderia conceber, de forma que o casamento já tinha chegado a um momento de decisão, e era hora de cada um seguir seu caminho.
Ela disse ao marido que estava decidida: iria se separar e se mudar para o Alaska.
O entendimento entre eles foi rápido: iriam vender a casa e dividir os bens.
Jane faz uma liquidação de tudo o que tinha: roupas, objetos. Se desprendeu de tudo e se preparou para ir viver num lugar distante, de clima extremo, que ela ainda não conhecia.
Sua contribuição como educadora junto com Steve favoreceu a conexão e comunicação das Alaskan Essences junto a terapeutas e usuários
Jane Bell hoje entende que sua conexão com Steve e a parceria que fizeram, que perdura até hoje numa nova forma, foi sempre essencialmente ligada a servir à Terapia Floral.
Juntos, eles ofereceram muitos cursos para estudantes que vieram até o Alaska aprender em meio à força daquele ambiente poderoso. Para a linha das Alaskan Essences, Jane Bell trouxe sua experiência e linguagem como terapeuta, ajudando a converter os conceitos e descrições das essências numa linguagem que permitiu que elas pudessem ser usadas mais facilmente pelos profissionais. Além disso, ela iniciou junto com Steve a criação e produção dos Elixires Minerais da Alaskan Essences, assim como a linha dos Sprays que foi inicialmente idealizada por ela.

O curso foi organizado e traduzido por mim, Ruth Toledo Altschuler, junto com a equipe da Essências Florais.
Seu caminho próprio como educadora, pesquisadora e produtora
Mais adiante, Jane Bell seguiu seu caminho independente como educadora e pesquisadora, criando uma linha extremamente vibrante e original de Essências preparadas no Hawaii, hoje distribuídas no Brasil pela empresa Essências Florais.
Inovadora na área da educação sobre a criação colaborativa entre seres humanos e natureza, Jane é pioneira na introdução do conceito de Arquitetura Energética, através da qual ela oferece ajuda ao planeta para a cura e restauração de seu campo vivo (leia sobre sua ajuda oferecida para as restauração do trauma pessoal e ambiental após as enchentes no Estado do Rio em 2011).
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