No II Encontro Internacional da família dos florais em 1991, o grande reencontro se fez com algo que já estava em mim, e em nós, pois muitos outros viriam a sentir o mesmo nos círculos que se propagaram a partir dali. O que esses novos/velhos conhecidos palestrantes nos apresentavam com suas imagens, depoimento pessoal e suas essências, nos propiciava a Religação que, sem saber, vínhamos procurando há tanto tempo.
Não me lembro se assisti primeiro e apresentação do Steve Johnson (Essências Florais do Alaska), ou da Cynthia Kemp (Desert Alchemy – Alquimia do Deserto), mas sei que o impacto delas, cada uma absolutamente singular, somadas à da Patricia Kaminski (que junto com seu marido Richard Katz pesquisa e prepara os Florais da FES Califórnia), inspirada revelando a Terapia Floral tecendo o Arco-Iris da Alma… definiram a minha jornada como pessoa e como Terapeuta Floral.
Steve Johnson – desde menino seu alívio, consolo e alegria era estar na natureza, e dela veio sua cura pessoal interior e dádiva para o mundo
Ao abrir sua palestra, Steve nos conta de sua infância, e de seu alívio quando podia sair e se sentir acolhido em meio aos bosques e riachos em Idaho, no norte dos EUA. E de como sua vida prosseguiu para uma carreira como bombeiro florestal, que o colocou em meio a vastas áreas intocadas no norte do Alaska. Em paralelo a isso, ele relata a sua busca por transformar sentimentos ligados ao isolamento, ao sofrimento emocional e ao que hoje chamamos de stress, e sobre a ajuda inicial dos florais de Bach, somada ao chamado posterior das plantas que o rodeavam no Alaska.
Ele nos relata como começou a preparar essências no Alaska
E faz isso através de uma das suas imagens mais vívidas, inesquecível: um helicóptero o deixou por mais de 3 dias isolado num local ermo no norte do Alaska, onde sua tarefa seria observar o alastramento do fogo. Ao mesmo tempo em que ele se sentia em total unidade com os elementos, e era capaz de perceber e atuar em sintonia com eles para acompanhar a evolução dos incêndios (e com isso orientar seus colegas sobre como proceder), pessoalmente ele estava exausto, devido ao desgaste desse trabalho intensivo, dia e noite, sem trégua. E, nesse local, Labrador Tea, a planta que ali crescia em profusão, o chama para preparar seu floral. Ele começou… e nunca mais parou, vindo a se tornar um dos professores e pesquisadores mais respeitados no mundo dos florais.
Através dele, fomos transportados para um ambiente natural ordenado e construído no plano invisível pelas inteligências ou presenças dévicas
Quem assistia a palestra era tocado pela força do ambiente de uma forma que vai além do que comunicam as já excelentes fotos de Steve (que veio a desenvolver fotografias das flores de qualidade inigualável), pois nada se compara à experiência de sentir a qualidade dévica quando ela se faz presente.
Os Devas são as inteligências da natureza relacionadas a cada uma das plantas e também aos ambientes, que presidem sobre sua manifestação na forma física. Através de um pesquisador como o Steve elas se fazem sentir, pois se fazem presentes através das pessoas que são fortemente conectadas com elas. E isso dificilmente pode ser transmitido através dos livros.
Sintonia com a natureza, precisão profissional inteligente e lúcida
Para quem o via pela primeira vez, sua conexão tão íntima com as forças da natureza revelava um ser que poderia estar “mais prá lá” em conexão com ela, do que “prá cá” lidando com as coisas do mundo prático realista e funcional. E, no entanto, o trabalho de Steve tinha a clareza e a precisão, tanto na organização como na estética, que poderíamos exigir de um excelente profissional, além de irradiar, de forma puríssima, as qualidades específicas das plantas e dos seus ambientes naturais. Ele nos dava um vidro do floral para segurar, e nós sentíamos.
Religação entre corpo, alma, natureza, eu espiritual, plano invisível, Universo – a Terapia Floral nos reunificando
Ali, de uma palestra à outra, na linguagem dos florais, se falava de experiências ligadas a essas muitas dimensões de nós mesmos, descrevendo diferentes estados de desconexão e busca de religação, e como as forças da natureza nos ajudam a encontrar o equilíbrio. Sensações e estados que todos nós tivemos, mas que nunca tinham tido validação ou vocabulário descritivo, entre esses palestrantes eram a coisa mais natural. Alguns exemplos de descrições totalmente comuns à Linguagem dos Florais: sentir-se “fora do corpo” e precisar “chegar” de volta no corpo. Saudade de nossa morada de alma, “querer ir embora”. Sentir-se separado por dentro, apartado de algo que não sabemos descrever. Ou sentir que o ambiente da natureza nos acolhe e “fala” conosco.
Imersos nessa linguagem, e na percepção clara das inteligências da natureza e da ajuda do plano invisível, sentindo nossa “chama” interior mais acesa, tudo se religava e fazia sentido. Os mais íntimos sentimentos de alma eram finalmente validados.
Com a validação e percepção mais clara dessa conexão, tudo mudou
Essa foi a minha primeira experiência com um palestrante como esse, pois até então conhecia as histórias e o caminho do Dr Bach através dos livros, o que me tocava profundamente, mas ainda não havia encontrado os meus mestres. E vou prosseguir relatando o que aprendi com eles…
E, é claro que me lembrei dos meus tempos de criança andando na praia durante horas sozinha, chegando perto das plantas, mergulhando na água, me sentindo em unidade com tudo…
Katia Kuchler diz
Olá Ruth.
Que lindas palavras sobre este ser maravilhoso que era o Steve!
Estou muito triste com a partida dele, mas sei que o seu trabalho deixou marcas profundas em nós e sua essências continuarão a fazer o trabalho que ele tanto amava.
Abraços
Katia Kuchler
Anete B. E. Effting diz
Querida Ruth,
Tuas palavras me emocionaram muito e me fizeram lembrar do meu primeiro encontro com o Steve. De fato, um belo dia resolvi procurar na internet onde havia cursos de florais e resolvi ir para o Alasca. Posso lembrar com nitidez a sensação de estar em meio àquela natureza exuberante, ouvindo as palavras dele, e sentindo esta sensação de religamento que você menciona. Foi como poder suspirar com grande alívio e dizer “Voltei pra casa!” A partir daí, minha vida teve novo significado.
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Anete querida,
Como é lindo ver o tecido luminoso dessa religação: começamos em diferentes períodos em nossa história de vida. Ouvimos diferentes chamados mas chegamos, em essência, a esse mesmo lugar de reencontro com nós mesmos, com esse grande todo do mundo vivo e do Universo, e também com essa família de almas.
Muitíssimo obrigada pelo seu depoimento, pela beleza inteira e plena do que você compartilhou e confirmou aqui.
Regina N Nader diz
Tão importante lembrar desta religação! Assisti o Steve aqui no Brasil quando ele veio pela primeira vez convidado por você.
Me lembro como fiquei emocionada durante o seminário, foi como dar voz ao que sempre soube mas não sabia como expressar. Me senti de volta ao grupo. Eu sempre tive um amor especial pelas arvores e mentalmente sempre conversava com elas, depois do Steve me senti em casa!
Que bom poder relembrar de momentos tão especiais e que fizeram a diferença para sempre na minha vida!
Beijo minha amiga
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
É mesmo, Regina, tenho certeza de que você é uma, entre muitas, das pessoas que ao longo do tempo foram tocadas por essa religação / reconexão, que a presença do Steve e de alguns outros queridos mestres é capaz de catalizar.
Tempos atrás, quando participávamos dos ensinamentos iniciáticos, era recomendado que ficássemos por muito tempo na presença dos mestres, para que pudéssemos ter ativada nossa capacidade de abertura para essa grande religação.
Acredito que nessa era agora, através do espaço iniciático que a Terapia Floral provê e propicia, somos encorajados a fazer uma religação consciente ampla, que abrange e religa todos os reinos, de uma forma interativa. Aqui, somos convidados a interagir com os diferentes reinos numa parceria muito clara, cocriativa e produtiva.
Assim como você, sempre fico comovida ao pensar na amplidão e profundidade desse caminho….
Obrigada a você também, amiga querida, por ser interlocutora em tantas conversas através das quais muita coisa se esclarece e se torna consciente para nós mesmas!