Ela viu o que ele viu. Ele confirmou o que ela via.
Com sua percepção validada e honrada, e a confiança em seu caminho encorajada, ela se alinhou com seu chamado e veio a se tornar uma das mais dedicadas e confiáveis pesquisadoras de florais no Brasil. Seus florais ajudam inúmeras pessoas e são oferecidos em trabalhos comunitários, colaborando na transformação da dor do abandono, do trauma e do abuso.
A caminhada que confirmou seu dom e legitimou seu chamado a servir
No Canadá, na Segunda Conferência Internacional de Florais em 1991, Maria Grillo e eu participamos de um passeio informal num dos mais famosos jardins do mundo: Buchart Gardens.
Braam Zaalberg, mestre pesquisador dos florais da Holanda, liderava a caminhada entre as plantas. Juntos, íamos sentindo o campo energético delas e a presença de suas inteligências dévicas.
Dotado de excepcional habilidade didática, Braam Zaalberg se revelou um mestre em nos mostrar, de forma simples e direta, a natural integração entre as plantas e suas inteligências ordenadoras da da Vida. E fazia isso chamando pela nossa capacidade de perceber e interagir com esses planos de tal forma que, naturalmente, nos sentíamos capazes de despertar essa nossa percepção.
Ali, onde as plantas são tão bem tratadas e exibem o seu melhor, estávamos todos em êxtase.
Foi então que, por alguns minutos, Braam conduziu Maria um pouco mais adiante na trilha e, de imediato, ela viu aquilo que desde sua infância ela via: uma enorme presença dévica pairava sobre uma árvore em exuberante florada. Ele também viu, e ali, ao seu lado, ele confirmou o que ela via.
Com grande naturalidade e segurança ele se referiu àquilo que na história de vida de Maria tinha sido muito familiar. E que, tristemente, desde criança ela tinha tido que guardar para si mesma, nunca podendo dar crédito ou compartilhar, pois no seu ambiente de criação se referir a “presenças num outro plano” era sinal de loucura.
Escutar as inteligências Dévicas: uma atividade do pesquisador de florais
No entanto ali, ao lado dele, isso era fato natural. Não só isso, era uma competência, pois a conexão com as inteligências das plantas era uma das partes importantes de todo o trabalho de pesquisa das qualidades dos florais. Escutar as informações transmitidas por esses seres em outra dimensão, observar e sentir sua presença, desenvolver clareza ao receber a informação transmitida convertendo-a em formas que possam ser partilhadas com os que precisam da ajuda oferecida, tudo isso ali era considerado parte das habilidades necessárias ao profissional pesquisador/a.
Eles conversaram sobre o que ambos estavam percebendo e nessa conversa, finalmente, e pela primeira vez em sua vida, ela teve essa sua percepção confirmada como sendo um DOM!
Confirmação e encorajamento, a partir da essencial validação
Mais adiante na Conferência, ao conversar com Cynthia Kemp sobre o chamado que Maria vinha sentindo e sobre sua pesquisa inicial de florais preparados a partir de plantas em seus ambientes naturais no Brasil, ela foi fortemente encorajada por Cynthia a seguir sua orientação interior e se manter fiel ao seu propósito. Ela inclusive ofereceu a Maria um floral para reforçar sua autoconfiança e autoestima, para que ela pudesse acreditar em si mesma, confiar em seus dom, e empreender seu próprio caminho de desenvolvimento de sua pesquisa original.
Algumas crianças enxergam o campo sutil das plantas, vidência que nem sempre conservam devido à falta de compreensão de seus educadores
Patricia Kaminski, pesquisadora dos florais da Califórnia, me contou recentemente como ela, quando criança, enxergava o campo sutil da Goldenrod que cresce silvestre nas pradarias onde ela morava. Ela me descreveu as poderosas linhas douradas de Luz que unem essa planta ao alto, e me contou de sua desolação quando, um tempo depois, ela percebeu que essa visão tinha sumido, e que as plantas lá fora já não eram mais tão lindas e luminosas. Nesse dia, ela correu para sua mãe chorando, para dizer que as plantas já não tinham aquelas maravilhosas linhas de luz. E sua mãe, que sempre reagia às suas descrições com condenação e medo, pois temia que ela fosse louca, mais uma vez foi dura, invalidando suas percepções. Patricia acredita que ali, sua sensitividade inata foi bloqueada, como consequência do medo que a mãe sentia e de seu descrédito.
Mais adiante, através da busca de conhecimento, da expansão de sua compreensão e de seu caminho de cura pessoal, Patricia resgatou seu dom. E hoje ela se lembra do que via quando criança porque esse evento marcante e triste ficou gravado em sua memória.
Um encontro de pessoas do mundo todo que veio a mudar tantas vidas
Hoje, olhando a trajetória das duas, vemos que o caso de Maria Grillo foi bem parecido com o de Patricia. E que para Maria, esse encontro internacional de almas afins em 1991 permitiu a legitimação e a apropriação de seu dom, para que ela viesse a seguir o seu chamado.
Essa foi a primeira vez que ela encontrou plena validação de quem ela era e de suas percepções.
E foi a partir dali que sua vida mudou.
Leia outros relatos de vidas se transformando como resultado dos encontros das flores!
O caminho de Maria Grillo como produtora de florais possibilitou a integração de sua formação espiritual, voltada a ajudar os necessitados
Sua formação foi fortemente baseada nos ensinamentos crísticos. Desde pequena, ela se sentia movida a ajudar os necessitados, determinada a reduzir sua carga de sofrimento e abandono.
O caminho dos florais permitiu a síntese que une os vários aspectos de seu chamado de alma.
Sua meta maior: oferecer alívio, transformação e esclarecimento para a evolução da consciência.

Pouco tempo depois desse encontro e da validação de seus dons e caminho, Maria Grillo iniciou sua pesquisa dos Florais Filhas de Gaia e nunca mais parou. E os seus florais são oferecidos como parte de trabalhos comunitários assistenciais, nos quais muitas pessoas que necessitam superar traumas, abuso e abandono são atendidas e ajudadas com a bênção transformadora das flores.
Sua contribuição para a cura pessoal profunda e compreensão conceitual
Ela desenvolveu uma extensa linha de florais para profundos processos de transformação pessoal e nos oferece contribuições conceituais avançadas, que nos permitem compreender os florais como Campos de Consciência ajudando os seres humanos em sua evolução.
Renata Souza diz
Ao ler esta linda história fiquei profundamente tocada…emocionada. Meu coração se enche de alegria a cada dia desde que encontrei as flores em minha vida. Lembro da imensa alegria que eu senti, aos 6 anos, quando desenhei uma grande flor, com um arco-íris no meio e, um dia, participando de um abençoado encontro de almas em Campos do Jordão, com Richard Katz e Patrícia Kaminski falando sobre a Sunflower, percebi que aquela imensa alegria com o meu desenho havia sido o meu primeiro chamado. Depois de muitas voltas que a vida deu, só aos 40 anos pude chegar a este abençoado caminho florido e, hoje, aos 44, me sinto como uma criança que sabe exatamente o que quer ser “quando crescer”. Sou muito grata ao Universo, ao Dr.Bach e a todos estes mestres tão queridos e generosos que tenho tido a oportunidade de conhecer, pessoalmente ou virtualmente, não importa…neste mundo tão conectado, a internet tem sido um canal de grande aprendizado e trocas positivas. Minha gratidão por compartilhar…
Leonardo Barros diz
Prezada Ruth,
Uma das matérias que mais gostei do seu blog!
Estou trilhando o caminho das flores a bem menos tempo e me sinto privilegiado em ler esses relatos.
Fica o sentimento de pertencimento, sabe? rs
Belíssimo trabalho!
Grato por tudo
Aguinailda Maria Rosa diz
Muito generoso de sua parte compartilhar de seu “acervo” da história da terapia floral. Sou muito grata. Bjs. Quero muito te encontrar; espero poder marcar um encontro antes de você voltar para sua casa. Bjs
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Minha Querida,
Você é parte dessa linda rede que tecemos ao longo do tempo a tantas mãos irradiando amor.
Um abraço cheio de carinho. Vamos nos ver logo.
Ruth