Um momento de cura e transformação inesquecível, num dia que ficará gravado para sempre em minha alma. Era o último dia do seminário. Num ponto crucial da vivência, cada um de nós, numa visualização guiada, tocou com as mãos e acolheu a área do seu plexo solar e coração, seguindo a orientação para ir ao encontro de seu Eu Interno, através de sua Criança Interior.
Pela primeira vez eu senti/vi a minha criança interna: ela se mostrou para mim com uns 3 anos, sozinha, num quarto escuro, gelada e muito, muito triste. Tomada por um profundo pesar e desalento, ela não acreditava que alguém jamais viria ao seu encontro para trazer calor e amor.
Assim a encontrei, nos abraçamos e choramos juntas. Acalentada pelo meu carinho, o “frio na alma” foi aos poucos derretendo. Eu a embalei e demonstrei para ela que, daquele momento em diante, ela nunca mais estaria só, nem triste e com frio, pois seria eu quem estaria sempre atenta às suas necessidades de acolhimento e amor.

Fiz isso ao mesmo tempo em que acolhia o meu corpo, dando colo para essa mulher adulta que tinha sempre carregado, nos recônditos de si mesma, a falta de acolhimento de sua criança.
Foi um encontro profundo, alquímico, transformador, o início de uma sequência de vivências que resultaram na mais profunda cura interna que experienciei em minha vida.
Abrir mão das expectativas e assumir responsabilidade pela minha cura
Aos 40 anos, já com muitos caminhos percorridos em busca de alívio, eu sabia que agora era comigo, que desistir de esperar dos outros era a última etapa: uma radical rendição. Assim, internalizei os ensinamentos iniciáticos que recebi sobre a alma em sua jornada.
Aceitei que essa era a minha história, que eu tinha atraído tudo isso como parte do propósito da minha alma, e que a cura do abandono, da falta de aconchego, da falta de amor que eu sentia, lá no fundo, a vida inteira, também estava sob minha responsabilidade.
A vida inteira eu havia esperado que esse “buraco” de acolhimento e amor fosse suprido por outra pessoa. Mas as histórias se sucediam, uma após a outra, com algo em comum: as minhas expectativas eram sempre frustradas, pois o que eu atraia era abandono e/ou desencontro.
Ajuda crucial do Arquétipo de cura do Floral da Mariposa Lily
Isso se passou em Junho de 1991, na véspera da minha ida para o Congresso no Canadá.
Já há algum tempo eu vinha estudando e usando os florais para mim mesma, e tinha o entendimento, através da linguagem dos Arquétipos dos Florais, de qual seria a cura alquímica para esses meus sentimentos. Sabia que no fundo de tudo havia um núcleo, onde residia um sentimento de falta de amor, de não ser percebida, de não poder contar com um amor acolhedor.
O floral da Califórnia da Mariposa Lily mostrava exatamente as qualidades transformadoras que iriam curar esse âmago de abandono e falta de aconchego.

O uso anterior do floral da Mariposa Lily, e, naquele momento, o meu entendimento do seu Arquétipo, da cura alquímica emocional por ele oferecida, me permitiu saber exatamente o que fazer para potenciar essa transformação. Faltava amor aconchegante e eu iria me dar esse amor.
Acolhi minha criança e enchi todos os espaços frios em seu coração e corpinho, que nunca tinha sido aconchegado o suficiente, com um amor profundo. Dei a ela o que já tinha dado para os meus filhos, numa etapa crucial que já havia me iniciado nesse caminho de cura.
O trauma de parto pode dificultar a criação do vínculo mãe bebê
Mesmo tendo sido uma criança desejada, nasci de um parto penoso que quase foi feito a forceps. No último instante, sob anestesia, minha mãe me expeliu já roxa, quase em sofrimento fetal.
Fui levada para longe dela, como era de praxe naquele tempo. E ela, traumatizada e sofrendo as consequências do pós anestésico do seu primeiro parto, certamente não estava disponível para aquele vínculo inicial caloroso e confortador com sua filha recém nascida.
Uma vez em casa, as coisas foram de mal a pior: eu chorava muito e a regra, na época, era pegar a criança somente para mamar e depois deixar chorando no berço. Eles consideravam que pegar a criança no colo criava maus hábitos, e minha mãe estava tentando fazer a coisa certa.
A situação provavelmente deixava minha mãe muito ansiosa, incapaz de confortar um bebê já traumatizado, e por isso agitado e inquieto. E, hoje eu entendo, ela realmente tinha dificuldade de perceber as necessidades emocionais de um bebê.
Fui deixada chorando num quarto, sozinha e com a porta fechada, por horas seguidas durante muitos anos. Tentar fazer a coisa certa ao seguir as orientações dos pediatras da época, só fez estabelecer, de uma forma intensa e profunda, o sentimento de abandono e falta de amor.
Não fosse pela Mariposa Lily e pelos caminhos de cura interior e visualização criativa, estaria sofrendo até hoje desse abandono profundo no âmago do meu ser.
Ao assumir responsabilidade por amar a minha criança e oferecer a ela tudo o que ela precisa, com a ajuda dos florais e de sua alquimia profunda, tive a possibilidade de recriar as bases da minha vida afetiva em direção ao amor e ao preenchimento.

Ofereço a minha história e minhas imagens como história Arquetípica, na esperança de que as inúmeras pessoas, em todo o planeta, que sentem de forma ainda mais aguda essa falta de aconchego no âmago de sua criança, possam encontrar acesso a essa energia de cura que muitos de nós conquistamos, como resultado de nossa própria jornada catalisada pelos florais.
Roberta Oliveira diz
Querida Ruth,
Fiquei muito tocada com seu relato, venho há algum tempo trabalhando a minha criança interior, inclusive para não repetir tudo que vivenciei com as minhas filhas! No meio do caminho comecei a estudar bastante e usar a terapia floral, o que tem me ajudado muito. Gostaria de saber se indica algum curso/trabalho/ vivência relacionado ao tema pois sinto que com tais ferramentas poderei não só ir em caminho da minha cura como também ajudar muitos de meus pacientes que me buscam pela compulsão alimentar (sou nutricionista também).
Grata e um abraço apertado!
Roberta.
Angela diz
Só gratidão!
Joceli D Moreira diz
Olá Ruth,
Hoje em minha sala de aula entrou uma mariposa e como tinha feito minutos antes um exercício de EFT para minha criança interior, vi nessa mariposa um sinal e fui procurar na Internet o arquétipo da mariposa e me deparei com seu depoimento. Sua história é muito parecida com a minha, nasci de 7 mêses, minha mãe levou um choque elétrico por um raio e eu e minha irmã gêmea nascemos, minha irmã faleceu e eu fiquei na incubadoura por 45 dias, também era muito chorona…e o resto vc já conhece…rsrs. Já comprei os florais hoje mesmo e começo a minha nova jornada… Muito obrigada…
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Querida Joceli,
Fiquei muito tocada com o seu depoimento, especialmente porque no dia de HOJE, exatamente, dia 7 de Março de 2017, vou iniciar um curso, com Vivências, e um dos assuntos será o trauma que pode ocorrer no período da gestação e no período em torno da época do nascimento.
Seu depoimento hoje, e como ler sobre a jornada com a Mariposa Lily tocou você, me presenteia com uma confirmação muito especial desse chamado que tenho seguido, que é o de oferecer esse trabalho para mais pessoas, à distância, com vivências de cura.
Muitas bênçãos para o seu caminho!!
Ruth
Marise diz
Ruth querida, meudeus! Junto,assim mesmo: meudeus! Amei o teu relato,chorei,ainda estou muito emocionada e muito FELIZZZ! Eu ando muito,muito mesmo pelo site das essências, http://www.essenciasflorais.com.br e só hoje,encontrei teu Artigo. Eu fui na busca pela palavra ” Pai ” e aqui cheguei. Li sobre a Shasta Daisy, a Baby Blue Eyes da Rosana Souto….é isto! Estou num trabalho bem profundo de cura e ” o que faltava ” era justamente o que aqui encontrei. Grande abraço. Um dia você vai ver meu comentário. Deixo aqui o meu muito obrigada, a minha Alma agradece o trabalho de vocês!
cristiane diz
Gratidao por compartilhar sua historia.
Faco uso desse floral e realmente ele e exc
lete.
Ana Cristina Zeidan diz
Ruth “chérie”, merci beaucoup em dividir conosco uma experiência tão pessoal e tão profunda. Me tocou muito este seu artigo, pois me identifiquei com experiências semelhantes as suas. É verdade que se não curamos a nossa criança interior, este sentimento de abandono reaparece frequentemente em nossa vida nos remetendo a uma fragilidade infantil, contrariando à nossa razão e a nossa idade atual. Muitíssimo obrigado pelos teus artigos, adoro ler o que vc escreve, ver as tuas imagens e saber que levamos 12.000 km de distância e mesmo assim posso florir o meu cotidiano com os teus artigos. Merci!!! Ana Cristina
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Minha Querida Ana Cristina,
Com mais de um ano de atraso respondo ao seu comentário. É impressionante como as demandas e os desafios da vida nos levam a colocar energia em tantas outras áreas antes que possamos focalizar de novo naquilo que mais importa.
Para mim, importa MUITO contribuir dessa forma. Reler o seu depoimento, agora com tempo para responder, me estimula a seguir o meu chamado de produzir mais desses escritos e contribuições e unir mais pessoas por esse mundo afora em torno dessa cura profunda.
Agradecimentos, de coração,
Ruth
Mariangela Ballaminut Cohn diz
Querida Ruth muito grata pelo seu relato me tocou profundamente.
Ficou claro ao ler e me identificar que essa jornada em busca da cura da criança interna é longa.
Estou feliz por reconhecer que muito já caminhei, mas por reconhecer também que ainda existe um caminho a ser percorrido e passos precisam ser dados e que posso contar comigo e com o aconchego dessa maravilhosa essência “Mariposa Lily”.
bjs Mariangela
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Mariângela Querida,
Me alegra MUITO saber que ler esse relato ajudou você a sentir o muito que já percorreu. Considero isso TÃO importante.
Sabe, uma das coisas que por vezes nos desencoraja é quando sentimos que não andamos nada.
Por isso é tão gratificante ler o seu relato.
Muitíssimo obrigada por deixa-lo registrado aqui!
Um grande abraço afetuoso,
Ruth
patricia maciel diz
Querida Ruth, que profunda sua narração sobre esta etapa de sua vida. Me identifiquei com sua dor e necessidades, somos dessa geração , mas acredito na evolução da alma , e esta força poderá ser alavancada com Mariposa Lily. Acabo de receber sua preciosa consulta ! Que Deus sempre te abençoe querida!
Muita Luz!
Patricia Maciel
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Querida Patricia,
Te dou as boas vindas: uma alegria recebe-la nesse espaço onde nos identificamos ao compartilhar jornadas percorridas. Obrigada pelas suas palavras, pelo sentimento de que estamos mesmo juntas nesse caminhar, mesmo que os caminhos, na prática do dia a dia, se cruzem ocasionalmente. A propósito, mais uma vez quero dizer que serei eternamente grata pela acolhida generosa que vocês me ofereceram!
Sim, que possamos acreditar na evolução da alma, na evolução DAS ALMAS, pois também fazemos essa evolução uns pelos outros.
Muitas bênçãos para você, carinho e gratidão, sempre,
Ruth
maria siqueira diz
Maravilhoso!!!!
Eu me vi…eu me li…eu me identifiquei…
Impressionante que, qdo chega a nossa hora, a hora dos novos passos, o UNIVERSO conspira a favor!!!!!
Obrigada Ruth!!!!
bjs,
Ruth Amorim Toledo Altschuler diz
Querida Maria,
Pois você me inspirou a terminar de colocar isso em palavras, esse primeiro capítulo de uma longa série, sobre os processos alquímicos com nossa criança interna. Obrigada!
Vou escrever bem mais, pois sabemos que toda essa transformação se faz por passos, e cada etapa tem sua riqueza e suas revelações.
Somos imensamente privilegiadas pelos presentes de cura que recebemos, não é mesmo?
Um abraço caloroso e fraterno,
Ruth