Depoimento de Isabela Bisconcini, Psicóloga, Terapeuta Floral, inspirada escritora, compartilhando sua experiência ao consultar os Registros Akashicos
É dito que o Buddha ao ter-se iluminado compreendeu as origens e os resultados, as causas e os efeitos de todos os fenômenos, de tudo que existe. Da mesma maneira, dizemos que nenhuma folha cai da árvore ao acaso.
Ainda na Bíblia diz-se que “cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto”. Independentemente do teor religioso, estas falas nos levam a pensar que há uma ordem e um acerto em tudo que acontece, entre causas e efeitos, e que nada acontece aleatoriamente, mas com uma razão e alguma finalidade. Só que não sabemos qual…
Na trama de nossas vidas, certos eventos com determinadas tonalidades afetivas, desenhos e histórias se repetem assim como as cores e as formas de um tapete criam uma “padronagem” e um estilo que se repete e se distribui ao longo da tapeçaria. Mas estamos acostumados a ver nossas vidas apenas pelo lado de fora do tapete: pela aparência dos acontecimentos. De onde estamos, enxergamos pouco ou nada de quem de fato somos, e, na maioria das vezes, nos enxergamos a partir da dor do nosso lado ferido, nos identificando com as feridas.
Todos nós já almejamos em algum momento poder entender as coisas que nos acontecem e porque elas acontecem daquela maneira. Como se estivéssemos no escuro ou com um fósforo apenas aceso, e, de repente com um clarão, enxergássemos muito mais do que víamos até então. Há algo dentro de nós que pulsa aspirando por deixar de enxergar uma face ou outra de um cristal, as partes, e finalmente enxergá-lo por inteiro, no todo.
Isso porque nossas questões pessoais vistas à luz do Self têm uma cara diferente. Elas representam antes de tudo oportunidades, ou, como diz Jean Yves LeLoup, “ocasiões” para o despertar em algum nível e para o desenvolvimento de qualidades para o ganho evolutivo; assim como o aço a cada vez que vai à alta temperatura do forno retorna com mais dureza e mais força na lâmina. Essas são as bênçãos que recebemos como resultado dos processos aos quais somos submetidos na alquimia do desenvolvimento interno. A benção do Ser que teremos nos tornado através dos processos alquímicos que os acontecimentos nos proporcionam.
Mas dificilmente acessamos esta qualidade de entendimento onde os níveis de percepção e os desdobramentos vão se entretecendo com perfeição através dos vários planos em que vivemos.
Akhasha, em sânscrito, é o arquivo de todas as experiências da alma, vividas no presente, passado e futuro. Isso me lembra uma cena de Harry Potter e a Ordem da Fênix, em que Harry vai a um espaço gigantesco no Ministério da Magia, onde encontra as histórias e os destinos de todos os seres (designados a partir do Ser, do Self, do Eu superior, do ‘Vir a Ser’ daquela alma) na forma de pequenas bolas de cristal enfileiradas em prateleiras; o arquivo do devir de todos os seres. Esta bem podia ser uma imagem para os Registros Akhashicos: trata-se de um arquivo com as experiências de todos os seres entrelaçados nessa infinita teia do Universo, guardado num local onde o passado, o presente e o futuro coexistem.
Ser vista pelo olhar dos Registros Akhashicos, da perspectiva dos Mestres e Mentores dos Registros Akhashicos, é ter a possibilidade de receber informações multifacetadas e condensadas a respeito de Si mesmo (possibilidade que as imagens e os símbolos nos dão) como num holograma, que nos traz dados de quem somos da perspectiva do Eu Superior, do Self (e não da personalidade ou do ego).
Ao vermos um tapete não imaginamos todos os desenhos que uma linha faz pelo reverso dele. Não podemos imaginar que uma cor que aparece em pontos distantes do tapete seja, na verdade, a mesma linha. Poder fazer uma leitura dos Registros é poder acessar conteúdos e informações que nos trazem o avesso desse tapete. No jogo de luz e sombra da consciência e do inconsciente, no que é revelado e no que é oculto nos vários planos em que vivemos, a agulha da alma vai perpassando de lado a lado: dos eventos manifestos na realidade concreta aos desdobramentos internos, das intenções sutis à materialização. E nesta trama, eventos aparentemente desconexos ganham uma nova compreensão, à luz dos Registros Akhashicos.
E poder olhar o tapete a partir do seu reverso, acessando informações de vários planos, o manifesto e o ponto de onde emanam as formas é precioso e revelador. É ganhar consciência de si através de um olhar amoroso, que não julga e que traz a benção das forças do Altíssimo para a liberação. Além disso, uma leitura põe em perspectiva a jornada da alma: de onde ela vem, onde está, o que a prende, o que a libera, e para onde é preciso se dirigir para o próximo passo na jornada de cura evolutiva, dentro do roteiro previamente estabelecido pelo Ser para esta vida.
Trabalhar uma questão à luz dos Registros Akhashicos é poder ver-se, ou receber a visão de si a partir do Self, de um lugar privilegiado, tanto pela qualidade energética e de amor que ele traz (de um plano muito mais sutil e mais elevado), como pela informação em si, que traz uma possibilidade de obtermos repostas que desembaraçam o nosso processo.
E os eventos, até então incompreendidos, podem ver-se ligados e entendidos pela e na presença amorosa e compassiva dos Mestres, Mentores e Guias dos Registros, que, através de uma condutora iniciada e autorizada, deixam ver o que é possível ser visto e revelam o que é possível revelar, para que o próximo passo da nossa jornada se dê, por amor e pelas bênçãos dos Mestres e Mentores dos Registros.
A compreensão que tive da minha trajetória a partir da leitura que fiz dos Registros Akhashicos sempre volta à minha mente. Essa leitura, no momento em que foi feita, trouxe-me um ganho de consciência que realmente esclareceu muitos pontos e deu-me um entendimento liberador. Pude esclarecer da onde vinha um padrão de sofrimento, qual a crença gravada, e pude sentir uma liberação pelo entendimento, para poder trazer um desfecho novo para um destino emperrado.
O curioso na experiência dos Registros é que não se revive uma situação na dor, nem se lida com a experiência a partir da perspectiva emocional do fato vivido, mas sim numa vibração muito mais alta. Não é uma elaboração emocional, senão uma liberação que vem do alto.
É preciso ter um foco, uma pergunta ou uma questão com a qual se está trabalhando, ou à qual precisamos responder e trazer esclarecimento, para se fazer uma leitura dos Registros Akhashicos, tendo-se em mente que queremos compreender de que maneira podemos aprender com aquela situação.
Durante a consulta sentimos que estamos sendo transportados a uma instância sem tempo, onde o que nos é dito é dito com a finalidade de nos desimpedir, de trazer a presença iluminada para nossas vidas, com seu amor e sua compaixão, fazendo-nos receber as bênçãos que podemos receber para desenrolarmo-nos.
É preciso abrir-se para receber estas bênçãos, sabendo que se está recebendo mais do que informações: pelo poder energético da instância da onde vêm, e com a carga energética que nos é dada – uma potência mais elevada da consciência – são chaves de compreensão, e a sensação é a mesma de quando vemos um filme que não entendemos até que vemos o desfecho, e, a partir disso, voltamos e relemos toda a trama que antes não fazia sentido. É como se tivéssemos peças de um quebra-cabeça que de repente unimos: um sentido se dá e reordena os eventos antes aparentemente desconexos e desorganizados.
Por esta reordenação temos uma religação dos planos de nossas consciências, podendo por em perspectiva a causa de determinadas repetições e a finalidade da experiência, do ponto de vista evolutivo.
Olhando-se verso e reverso do tapete podemos ver que o que cada um de nós é neste mosaico do Universo, nesta grande teia onde tudo é interligado e se relaciona, é milimetricamente perfeito! E a tapeçaria do Universo, no seu jogo de luz e sombra, no oculto e no revelado, de uma beleza extasiante!
Na dança dos “porquês” e “para que”, nas causas e finalidades do Universo, nos Desígnios de cada Ser, a trama das relações se entretece unindo-nos todos e se deixa entrever quando, num lampejo, conseguimos acessar e vislumbrar um pouquinho da ordem e da beleza dessa infinita tapeçaria através dos Registros Akhashicos.
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